como a onda
que escava a praia
e engolindo-a
continuamente
jamais a engole
pois a retorna
umedecida
do sal sanguíneo
que o mar inquieto
retira ao fundo
de seu silêncio
azul-noturno
e revertida
ao primo leito
é ela ainda
mas água alheia
que mesmo seca
ao sol sedento
lhe salga o seio
de costa extrema
assim meu lábio
te molha a boca
que ao vento arqueja.
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
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