sábado, 9 de julho de 2011

De um anúncio de bodas

era difícil a pergunta

anos depois de ter

o coração incensado

no teu sorriso de nuvem

e agora revê-lo alvo

como outrora aberto

a minhas mãos inda

incompletas do gesto

de moldá-los, era como

solfejar a melodia

soterrada pelas noites

ruidosas de memórias

no início do espetáculo.



mas tão pungido foi o azul

dos teus olhos nos meus

dedos trêmulos que o sangue

ardeu-me a mente entulhada

de desejos e o teu calor

de voz gravado em meu leito

de verdades centelhou em meu

rosto cativo ao teu intento.



só que não era o nosso tempo

o mesmo nos relógios, e os teus segundos

de partilha escorreram sob a chuva

rara do céu marchetado de julho.

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